sexta-feira, 24 de abril de 2020

MARIA ANTÔNIA DO SANTÍSSIMO




Natural de São Vicente/RN, região do Seridó, Maria Antônia do Santíssimo nasceu em 21 de dezembro de 1890 e faleceu em 4 de dezembro de 1974. Chegou a ser reconhecida nacionalmente, como uma das mais autênticas pintoras populares do Brasil. Iniciou-se na pintura aos 9 anos, desenvolvendo uma temática sempre constante, formada pela flora e por animais, cujos trabalhos passaram a integrar o cotidiano do sertão, ora estampados na face interna das tampas dos velhos baús de pregarias, ora nas camarinhas das casas sertanejas, em oratórios e paredes das salas de visita dos coronéis da região.

Contam que seu marido, o Sr. João Antonio de Maria, lançou-se comerciante vendendo as pinturas produzidas por Maria Santíssimo, em cada vila do interior por onde passava. Maria do Santíssimo recusou o papel cançon e a tinta guache que lhe ofereceram, porque, para ela, todo o sentido dos seus trabalhos, das formas dos galos, cajus, pavões e roseiras, somente se fixaria na anilina e no papel mais simples. De suas pinturas emergiam a vida e seu cotidiano. "Os burros eram lembranças dos cavalinhos de carrossel, ingenuamente amarrados pelos arreios aos troncos das espirradeiras. Os melindres, pequenos galhos de uma plantinha doméstica criada em vasos, chamada alfinete, colocados nos cantos dos desenhos para complementar o equilíbrio das composições, pareciam penas-de-escrever, brilhando em verde. Sua temática floral registrava o conhecimento de sua flora de canto de muro: cravinas, cravos, malvões, espirradeiras, boas-noites e dessas flores de papel para enfeite dos santos nos altares, oratórios ou nas procissões de festas", registra Iaperi Araújo. Em sua homenagem, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e a Fundação José Augusto criaram os prêmios de pintura "Maria do Santíssimo", hoje, desativados. A Prefeitura Municipal de São Vicente deu seu nome à Biblioteca Pública da cidade. A pintora consta como verbete dos seguintes livros: Aspectos de Pintura Primitiva Brasileira, de Flávio Aquino (Spala, Rio, 1978); Dicionário dos Artistas Plásticos do Brasil, de Carlos Cavalcanti (Ed. MEC/FUNARTE, Rio); Dicionário das Artes Plásticas no Brasil, de Roberto Pontual (Ed. Civilização Brasileira, Rio, 1971); Enciclopédia Delta Larousse; Festas Brasileiras por seus artistas, de Geraldo Edson de Andrade (Spala, Rio, 1980); e Maria do Santíssimo - uma pintora popular, de Iaperi Araújo (Ed. Gráfica Manimbu, 1966 e Editora Universitária, 2é edição, 1981). EXPOSIÇÕES REALIZADAS· Exposição Individual na Galeria Villa-Flor, em Natal (1968) · Exposição Individual na Galeria Renascença, em Natal (1970) · Exposição na Galeria Goeldi, no Rio de Janeiro (1970) · Trienal de Pintura Primitiva, em Bratislava, na Tchecoslováquia (1973) · Salão de Verão do Jornal do Brasil, no MAM/RIO (1974) · Exposição na Galeria Rodrigo Melo Franco, na FUNARTE/Rio (1979) Fonte:"Cidade de São Vicente - Vida e Memória" Luís da Câmara Cascudo, Iaperi Araújo, Iaponan Soares e José Lívio Dantas EDUFRN (1997)
 Este é um dos maiores valores das Artes da cidade de São Vicente / RN.
FONTE – ZUZUM DO SERIDO

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